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Sementeira de fé viva, ardente, brota alegre no campo de Deus!

Projeto Educativo

  • Identidade

A semente lançada à terra, antes de produzir fruto, germina para um processo de crescimento e desenvolvimento, no silêncio da escuta e da procura profunda.

O Seminário Menor, lugar onde crescem e se desenvolvem as sementes lançadas no coração dos mais jovens, conserva por isso a sua pertinência e importância na dinâmica vocacional e pastoral da Igreja. Contudo, é em comunidade que tudo acontece. A vida em comunidade proporciona condições muito favoráveis ao desenvolvimento humano e cristão, e a abertura ao projeto pessoal de vocação.

Em comunidade e na teia de relações que aí se proporcionam com jovens coetâneos e com os formadores, irmãos mais velhos que partilham a própria experiência de adesão a Cristo, cada jovem será capaz de se conhecer melhor a si próprio e compreender a resposta pessoal a Cristo.

  • Dimensão Humana

O Seminário define-se como uma escola de humanidade e de acompanhamento no desenvolvimento dos adolescentes, proporcionando uma educação/formação integral. Paralelamente, procura ajudar os adolescentes e jovens no caminho do autoconhecimento, de uma leitura da própria experiência de vida, não descorando, com grande veemência, a importância da vida afetiva na vida de qualquer ser humano.
Dentro desta dimensão de formação, o Seminário procura incitar uma maior relação com a comunidade de origem, principalmente com os laços familiares, os dos grupos de pares e os da paróquia (cf. Congregação para o Clero, O Dom da Vocação Presbiteral, 101-115).

  • Dimensão Espiritual

O Seminário proporciona uma experiência do Ressuscitado particularmente na dimensão espiritual, como oportunidade de discernimento e perceção do desígnio pessoal de Deus para cada um, na escuta e meditação da Palavra de Deus, no reconhecimento do próprio mundo interior, no acolhimento da história pessoal como lugar concreto onde Deus fala e solicita resposta, na oração que aprofunda e tece a amizade e a intimidade com Deus.

De igual modo, procura potenciar um autêntico encontro de cada seminarista com Cristo e um verdadeiro discernimento vocacional: oração pessoal e comunitária, colóquios pessoais com o diretor espiritual, retiro anual, recoleções espirituais, celebração da reconciliação, catequese (cf. Congregação para o Clero, O Dom da Vocação Presbiteral, 101-115).

  • Dimensão Intelectual

Nesta dimensão, o Seminário procura vincular o estudo à dimensão afetiva: o esforço e o desejo de aprender/crescer, dedicar tempo à aprendizagem, o gosto pelo estudo e pelo desenvolvimento das capacidades/dons que Deus concede a cada um, são apenas alguns dos pontos fortes do projeto formativo do Seminário Menor. Procura-se, do mesmo modo, que o jovem que se propõe a fazer um caminho de discernimento experimente uma abertura à novidade e ao diferente, no diálogo com os que pensam de outro modo, sobretudo coetâneos, aprender a olhar a realidade e crescer numa capacidade crítica, questionando e compreende quando possível o mistério da vida humana através da aquisição de conhecimentos, saberes e competências. Para isso, incentiva-se a uma maior organização e participação na escola e nos tempos de estudo, de modo a vencer o imediatismo e o funcionalismo de lutar apenas pela melhor classificação. Continuando este itinerário formativo, o Seminário Menor procura estimular o equilíbrio no uso das novas tecnologias, que facilitam, mas distraem, que fornecem mais informação, mas nem por isso maior e melhor conhecimento. Para isso, o Seminário procura promover um acompanhamento sólido nas demais dimensões, de tal modo a proporcionar uma formação complementar, nomeadamente na área da arte e cultura (cf. Congregação para o Clero, O Dom da Vocação Presbiteral, 116-118)).

  • Dimensão Pastoral

A referência do Seminarista é sempre Cristo, Bom Pastor. Nesta fase da vida, a identificação e mediação com Cristo acontece, não tanto por aquilo que se faz ou pelas atividades desenvolvidas, mas pelas atitudes que se cultivam. Assim sendo, os seminaristas do Seminário Menor não são pastores e não devem assumir responsabilidades pastorais especificas. Devem, isso sim, cuidar em si “os mesmos sentimentos” de Cristo Pastor. Centrando-se na ordem do ser e não do fazer ainda, a dimensão pastoral passa pelo cuidado e cultivo daquelas atitudes que se esperam num futuro pastor.

Primeiro, é preciso crescer como discípulos para não cair em ativismos inúteis. Para      equilibrar o conhecimento teórico e as experiências práticas, é necessário ter em conta que as atividades a desenvolver devem ser adequadas à idade, respeitando o princípio da gradualidade (cf. Congregação para o Clero, O Dom da Vocação Presbiteral, 119-124).